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Odontologia de excelência para todos

Odontoplan, uma rede de clínicas em processo de expansão

Entrevista
Por Aloysio Balbi
15 de abril de 2024 - 0h03
Foto: Rodrigo Kristensen

Formado em Direito pela FDC, hoje Uniflu, Marlon Guido, um jovem de 40 anos, se notabiliza na cena do empreendedorismo em atividades diversas. Tem paixão pela terra e por isso planta cana-de-açúcar, mas por ter ligações afetivas com a odontologia, por um histórico familiar de profissionais desta área, resolveu investir em clínicas que têm como diferencial a alta qualidade e o que chama de preço cabível. Foi assim que há pouco mais de um ano ele criou a Odontoplan. Hoje já são três clínicas em Campos e uma quarta será aberta no curso deste ano. Fazendo a gestão deste negócio Marlon Guido percebeu a viabilidade de montar sua própria empresa fornecedora de insumos e equipamentos odontológicos.  Ao mesmo tempo pensa na expansão da Odontoplan para municípios do entorno de Campos. Agricultura como paixão, odontologia como consequência de uma afetividade familiar, Marlon Guido tem como vocação o direito além de um mero observador e crítico da cena política. Nesse contexto, define-se como um inconformado diante do que chama de conformismo.

Você fez o curso de Direito, mas optou pelo universo empresarial, como investidor em áreas distintas, desde o agronegócio até a odontologia de excelência na cidade. Como foi essa opção?
A odontologia é uma questão familiar. Membros da família eram e são dentistas e protéticos. Direito é uma vocação. Nunca tive dúvida sobre qual faculdade fazer e a produção rural é uma paixão, além disso, a cidade de Campos, com todas essas riquezas naturais, produção rural é uma vocação da terra é uma obrigação para quem vive nela. O município, no âmbito do agronegócio tem uma potencialidade imensa a ser explorada e, aos poucos, as pessoas daqui voltam a perceber isso, enquanto pessoas de outros lugares como Minas Gerais e Espírito Santo já perceberam e começam a investir aqui. Então, diria que Campos poderia ser gigante nesse segmento, se não tivesse passado nas últimas décadas por esse marasmo no campo. Já fomos o maior produtor de açúcar do país, com mais de 20 usinas e hoje estamos reduzidos a uma usina de açúcar e álcool e uma destilaria de álcool, ambas operando com capacidade ociosa. Essa palavra ociosa, temos que varrer do nosso dicionário.

Ao mesmo tempo em que foca nas oportunidades no campo, como plantio de cana-de-açúcar, você investiu pesado em odontologia de ponta, com clínicas de excelência. Já disse que existe uma inspiração familiar nessa história, mas imaginava crescer tanto nesta área?
O modelo de negócios que a gente criou, contempla múltiplas classes, justamente para permitir o acesso a um tratamento de excelência por um valor cabível, pois sabemos que a odontologia sempre foi um segmento caro. Em menos de um ano e meio, saímos de uma para três unidades e já estamos em vista da quarta unidade da Odontoplan. Credito isso não somente à nossa gestão, mas ao modelo de negócio, otimizando custos, negociando com fornecedores para, assim, atender todas as camadas da população. Esse modelo exige uma gestão rígida, dedicação plena, fazer contas e, desta forma, entregar o resultado esperado pelo cliente por um preço justo. Volto a afirmar que formatar a Odontoplan para operar assim, exigiu muito trabalho de equipe e a gestão requer quase que tempo integral com o acompanhamento deste processo a partir do momento que operamos com três unidades e relembrando que estamos partindo para a quarta.

Você falou em uma exaustiva negociação com fornecedores para conseguir oferecer um trabalho com preços diferenciados sem comprometimento da qualidade. Mas, parece que existe uma nova estratégia da Odontoplan. Dá para falar sobre isso?
Sim. Chegamos à conclusão de que deveríamos abrir a nossa própria distribuidora proporcionando a nossa empresa um acesso aos produtos e materiais de mais qualidade com o preço menor. Então, estamos otimizando. A distribuidora vai atender não somente as três e futuras quatro unidades da Odontoplan, mas, também, outros consultórios e clínicas não só de Campos, mas de toda a região. Em um ano e meio nesta gestão percebi que isso é viável, e o negócio já foi formatado. Assim, poderemos manter essa pegada de excelência sem repassar os custos destes materiais para a nossa clientela, que, como disse, contempla todas as classes. Acredito que com isso estamos mudando o conceito de odontologia em Campos. Falo na questão administrativa e empresarial. Estamos alcançando os nossos objetivos e não vamos parar de crescer.

Você já desenhou com competência a estrutura de gestão. Além da gestão, você acrescentaria alguma outra coisa para justificar esse desempenho da Odontoplan?
Não seria capaz de alcançar esse feito, sem ter montado e poder contar com uma equipe de excelência. Eles estudam diariamente e estão em permanente processo de atualização,  pois a odontologia, assim como a medicina, é dinâmica, quer em procedimentos e também equipamentos. Inclusive, somos frequentadores assíduos do grande Congresso Internacional de Odontologia de São Paulo (CIOSP), que é o maior congresso de odontologia da América Latina. Nossos profissionais não só frequentam todas as conferências e palestras deste super evento, como também interagem com os mais renomados profissionais desta área, do Brasil e do exterior. Então, a nossa equipe, com muito orgulho, é de primeira e sempre em atualização.

Existe algum projeto de expansão da Odontoplan, ou seja, uma regionalização em sua atuação?
Isso já está no forno, como se diz na gíria. Já identificamos algumas cidades nas áreas de influência de Campos que irão sediar unidades da Odontoplan. Em diálogos com gestores públicos destes municípios percebemos grande receptividade e interesse por parte deles, afinal a odontologia é um segmento importante da área de saúde. Prospectando esse plano de expansão, já demos início aos projetos de execução desta ampliação. Essa expansão ocorrerá em curto e médio prazo, e de forma simultânea. Essa é a nossa meta. E alcançar metas estabelecidas tem sido a nossa marca neste um ano e meio.

Você tem uma veia de empreendedor. Como você observa o empreendedorismo em Campos, nas novas gerações?
O gestor de um município precisa perceber que justiça social se faz em um primeiro momento como uma espécie de pronto-socorro, sim. Achamos isso necessário. Mas, temos que atender e cuidar desse paciente pra que ele tenha saúde plena. O que quero dizer é que a evolução exige uma ascensão das classes sociais e não uma estagnação. Como empreendedor observo a necessidade da evolução. Então, empreender em Campos é um desafio, porque não se prioriza essa escalada na pirâmide social e isso não é de agora, vem de longe. Como empreendedor, posso dizer que, muitas vezes, é até um agente desanimador, mas, no meu caso, vejo como um desafio. Acrescento que o empreendedor quer um ambiente não de incentivo do poder público, mas, de prosperidade. O empreendedor quer chegar a uma cidade de meio milhão de habitantes e ver essas pessoas evoluindo social e financeiramente e, por consequência, culturalmente. Já há pares de décadas os gestores municipais perderam essa visão e, muitas vezes, faço observações colaborativas. É um pouco da minha natureza isso.

A gente observa que existe realmente em você essa veia empreendedora o que é incontestável. Mas, também há dentro de você a sua vocação para o Direito, tanto que se formou em advocacia.  As observações colaborativas que você citou acima, às vezes se transformam em críticas dentro do aspecto do inconformismo. Como é isso?
Com comprometimento de minha função social faço essas análises e abordagens dentro do que pesquiso e analiso o que vem sendo feito pelos agentes públicos. Então, na condição de cidadão, me informo, troco ideias, pesquiso e opino, o que deveria ser dever de todos. Você falou em inconformismo e essa é uma boa definição para ilustrar meu sentimento e posicionamento em alguns casos.  Meu inconformismo varia na medida do conformismo dos agentes públicos. Volto a afirmar que meu intuito é colaborativo e que observo a cena como um todo e, talvez por ter essa vocação para o Direito, meu inconformismo seja um pouco acima da média.