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Campos tem um caso confirmado e dois suspeitos de leptospirose

Período de chuvas aumenta risco de alagamento e traz alerta sobre doença

Saúde
Por Camilla Silva
19 de fevereiro de 2024 - 0h31
Alerta|Bactéria leptospira se prolifera em ambientes de inundações resultantes das chuvas (Foto: Reprodução/Freepik)

Com a chegada das chuvas intensas na região, a preocupação com o risco de alagamentos cresce. Porém, além das inundações, fica outro alerta: a leptospirose, uma doença potencialmente fatal transmitida pela bactéria leptospira, que também ganha destaque nesse cenário. A Subsecretaria de Vigilância em Saúde de Campos informou que, em 2024, houve três notificações de casos de leptospirose. Entre esses casos, um paciente de 60 anos foi diagnosticado positivo para a doença.

O caso confirmado é de um paciente admitido no Hospital São José em 4 de janeiro e recebeu alta no dia 12 do mesmo mês. Os outros dois casos, de pacientes masculinos com 63 e 67 anos, estão em fase de investigação. Nenhum óbito foi registrado no município. No Estado do Rio de Janeiro, em 2023, foram reportados 442 casos prováveis da doença, dos quais 196 ocorreram entre janeiro e março. Os dados de 2024 ainda não estão disponíveis.

A leptospirose é uma enfermidade febril aguda que se manifesta após a exposição à urina de animais infectados, especialmente ratos, através de lesões na pele, imersão prolongada em água contaminada ou contato com mucosas. Seu período de incubação pode variar de 1 a 30 dias, com sintomas geralmente surgindo entre 7 e 14 dias após a exposição.

A condição é mais comum em áreas com infraestrutura sanitária precária e alta infestação de roedores. As inundações resultantes das chuvas proporcionam um ambiente propício para a disseminação da bactéria, aumentando o risco de surtos. Diante desse cenário, medidas preventivas, como o controle de roedores e a conscientização sobre os riscos da doença.

O tratamento precoce, de acordo com especialistas, é fundamental para prevenir complicações graves e é feito com antibióticos. É crucial destacar que a automedicação não é recomendada. Ao suspeitar de leptospirose, é essencial buscar atendimento médico e relatar qualquer exposição a situações de risco. Nos casos graves, a hospitalização imediata é necessária para evitar complicações e reduzir a mortalidade.

Rio alerta para possíveis novos casos
No início do mês, foi divulgado um documento elaborado pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), distribuído aos municípios, que orienta para a necessidade de intensificação na vigilância. 

A gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da SES-RJ, Cristina Giordano, informou que a medida é necessária devido a uma maior probabilidade de contato com água e alimentos contaminados durante as enchentes.

“Com a recorrência das chuvas nesse período de verão, o risco de infecção por leptospirose é maior. A doença é causada pela exposição direta ou indireta à urina de roedores. A penetração do microrganismo ocorre através da pele, que fica imersa por longos períodos em água contaminada, lama ou por outros tipos de transmissão possíveis, como contato com sangue, tecidos, órgãos de animais infectados, ingestão de água ou alimentos contaminados”, argumentou Cristina.