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O grito das mulheres contra a violência psicológica que cresce

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Opinião
Por Editorial
26 de novembro de 2023 - 0h01

Cerca de 40% dos casos de violência contra a mulher em Campos não deixam hematomas no corpo, mas cicatrizes psicológicas, segundo o Dossiê da Mulher divulgado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), que motivou a reportagem especial desta edição do J3News (LEIA AQUI)

As mulheres sofrem um rol de agressões onde se incluem as violências moral, patrimonial, sexual e psicológica. Essa última, que parece ser silenciosa, é tão grave quanto as demais. A violência psicológica foi classificada como a mais praticada pelo segundo ano consecutivo, e no ano passado foram registrados 825 casos, observando que obviamente existe uma subnotificação, ou seja, o número deve ser bem maior.   

O autor deste tipo de crime antes era qualificado como opressor, mas já é considerado um agressor, mesmo que não saiba. A maioria deles está no núcleo familiar da vítima ou no seu entorno.

Todos os crimes contra as mulheres, desde o mais grave deles, que é o feminicídio, até a importunação sexual, que muitas vezes deixa sequelas psicológicas, devem ser denunciados, combatidos e enfrentados, não somente por elas, mas por toda a sociedade.

A estatística vem aumentando porque as vítimas não engolem mais a seco violência em qualquer nível e estão soltando um grito preso na garganta das gerações anteriores de mulheres. Não é apenas um assunto de mulher, mas de toda a sociedade, que só terá saúde mental plena quando essa situação for resolvida.

Quem considera isso mimimi precisa rever conceitos e costumes, ou, quem sabe, fazer um tratamento psicológico.

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