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Dezembro Laranja: campanha reforça cuidados com câncer de pele

Segundo o Inca, com mais de 175 mil novos casos por ano, este é o tipo de tumor mais comum no Brasil

Geral
Por Kamilla Póvoa
19 de dezembro de 2022 - 5h05

No Brasil, o último mês do ano é marcado por intenso calor, maior exposição ao sol, além de ser intensificada a incidência de raios ultravioleta. Por isso, a campanha Dezembro Laranja foi criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com o intuito de conscientizar a população sobre a prevenção do câncer de pele, o tumor de maior incidência no Brasil. Desde 2014 é realizada a ação, para que os casos sejam diagnosticados e tratados precocemente, além de alertar sobre a importância do uso do filtro solar com regularidade, como forma principal de evitar o desenvolvimento da doença.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o Brasil registra mais de 175 mil novos casos por ano. A dermatologista Olívia Assed explica que a doença é provocada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e corresponde, em média, a 33% dos cânceres.

E essa relação direta entre a exposição ao sol e esse tipo de câncer é motivo de alerta para a dermatologista, já que a doença pode causar sintomas intensos e até graves. “A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento da doença. Tanto a exposição crônica, do dia a dia, quanto as exposições esporádicas, porém intensas, que causam queimaduras”, explicou Olívia Assed.

Olívia Assed

Diagnóstico
O câncer de pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Somente um exame clínico feito por um médico especializado e uma biópsia podem diagnosticar a doença. Por isso, segundo Olívia Assed, é importante estar sempre atento aos sintomas. E a maioria desses sinais pode ser notada já no início.

“O diagnóstico inicialmente é clínico, ou seja, ocorre durante a consulta e por meio da dermatoscopia, que é um exame que permite a visualização precisa de eventuais lesões cutâneas. Porém, o diagnóstico definitivo é sempre pela biópsia da lesão”, disse.

Olívia Assed esclarece também que para pacientes que têm história familiar de câncer de pele, o acompanhamento com o dermatologista deve ser feito pelo menos a cada seis meses, mas, de forma geral, qualquer lesão que esteja sofrendo alguma modificação deve ser examinada.

“É importante o paciente sempre se autoexaminar e acompanhar se há modificação na cor, contorno, superfície e extensão da lesão. Outro sinal de alerta, são as ‘feridas’ que não cicatrizam”, alerta a especialista.

Tratamento
O tratamento para o câncer de pele deve ser indicado por um dermatologista e precisa ser iniciado o mais rápido possível, para aumentar as chances de cura. “O tratamento depende do tipo de câncer de pele. Os mais comuns, que são o carcinoma basocelular e espinocelular, na maioria das vezes, o tratamento curativo é a remoção cirúrgica da lesão, pois nesses tipos de cânceres de pele, a malignidade da lesão é local. Nos tipos melanoma, o tratamento depende do estágio em que a doença é diagnosticada, pois é o câncer de pele menos frequente. Porém, o mais agressivo tem maior poder de metástase e é responsável pela maioria das mortes causadas por tumores cutâneos”, finalizou a Drª Olívia Assed.