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Primeira morte por varíola dos macacos registrada no RJ ocorre em Campos, nesta segunda

Vítima, um homem de 33 anos, estava internada no Hospital Ferreira Machado desde o início do mês

Campos
Por Thiago Gomes
29 de agosto de 2022 - 19h39

A Secretaria Municipal de Saúde e a Fundação Municipal de Saúde confirmaram a morte de um paciente com comorbidades, um homem de 33 anos, em decorrência de inflamação generalizada desencadeada por infecção pelo vírus Monkeypox (varíola dos macacos). O óbito ocorreu nesta segunda-feira (29) no Hospital Ferreira Machado (HFM), onde o paciente estava internado desde o início deste mês. Também em nota, A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) confirmou que este é a primeira morte por Monkeypox (MPX) no Estado. 

Segundo a nota assinada pelos dois órgãos municipais, o paciente tinha comorbidades, doenças graves que levavam à diminuição da imunidade, que no caso da infecção por monkeypox, é potencialmente mais grave. “Com isso, o paciente apresentou durante a internação complicações, como a transferência para Unidade de terapia Intensiva (UTI) no dia 19 e a entubação orotraqueal em 25, que evoluíram para a fatalidade”, disse a nota.

Vítima estava internada no HFM (Foto: Arquivo)

Os órgãos municipais concluem: “Informamos ainda que os contatos do paciente foram monitorados, porém, nenhum apresentou sinais e sintomas de infecção pelo vírus. Atualmente, no município, há três casos confirmados para monkeypox, sendo um deles o paciente que foi a óbito. Há também dois pacientes suspeitos aguardando resultado de exames que estão sendo realizados no Laboratório Central Noel Nutels (LACEN-RJ). Outros dois foram descartados após exames laboratoriais. Ressaltamos que não há circulação do vírus no município. Todos os pacientes têm histórico de viagens”, disse.

No Estado

A SES-RJ informa que, até esta segunda-feira (29), 611 casos confirmados de Monkeypox e 61 prováveis foram registrados no Estado do Rio de Janeiro. Outros 474 casos suspeitos seguem em investigação e 751 foram descartados.

“Desde o primeiro caso suspeito registrado no estado, o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde da SES faz o monitoramento  diário dos casos, em parceria com os laboratórios de referência da Fiocruz e da UFRJ e as secretarias municipais de Saúde”, informou o órgão estadual.

A SES emitiu notas técnicas no sentido de orientar as ações a serem adotadas diante de um caso suspeito, assim como proceder o monitoramento dos pacientes confirmados. Desde a semana passada, vem abrindo postos de coleta de amostras para testagem de casos suspeitos de MPX, em apoio às unidades de saúde. A Secretaria vem realizando também constantes campanhas informativas em seus canais de comunicação para esclarecer a população sobre sinais e sintomas da doença e formas de prevenção.

Os casos suspeitos são aqueles em que os pacientes, de qualquer idade, apresentam início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva para Monkeypox única ou múltipla, em qualquer parte do corpo. Também podem apresentar edema nos órgão genitais, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.

Os casos prováveis são aqueles em que o paciente apresenta um ou mais dos critérios listados como exposição próxima e prolongada, sem proteção respiratória, ou contato físico direto com parcerias múltiplas e/ou desconhecidas nos 21 dias anteriores ao início dos sinais; contato com materiais contaminados, como roupas de cama e banho ou utensílios pessoais de um caso provável ou confirmado de Monkeypox e trabalhadores da saúde sem uso adequado de equipamentos de proteção individual que tiveram contato com caso provável ou confirmado de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.

“Importante ressaltar que, embora a doença tenha sido identificada pela primeira vez em macacos, o surto atual não tem relação com esses animais”, finalizou a SES.