A inauguração do Supreme Campos Business Hotels estava prevista para o ano de 2015. As unidades hoteleiras foram oferecidas a investidores da cidade pelas empresas Nep Incorporações, Next Empreendimentos e Participações e Atlântica Hotels Internacional (Brasil) Ltda. No entanto, as obras não passaram de dois pavimentos e foram abandonadas. Dezenas de pessoas foram lesadas e entraram com diversas ações na Justiça. Elas pedem o ressarcimento dos valores aplicados, além de indenização.
Em 2018, o juiz Eron Simas dos Santos julgou procedentes pedidos formulados por um grupo de investidores de Campos que requereram a rescisão dos contratos de promessa de compra e venda do empreendimento Supreme Campos Business. As três empresas responsáveis pela obra foram condenadas a restituir, apenas para um grupo de investidores, quase R$ 900.000,00, acrescidos de correção monetária e juros de mora, além de indenização por dano moral. O referido processo aguarda o julgamento de recurso interposto perante o Tribunal de Justiça.
Dezenas de adquirentes ajuizaram ações contra a construtora e a administradora hoteleira Atlântica Hotels. O prejuízo milionário para o grupo de investidores trouxe uma série de transtornos e endividamentos. Eles esperam ser ressarcidos dos valores dos investimentos que fizeram. O advogado Aléssio Bolelli é um dos profissionais que defendem clientes prejudicados pelas empresas NEP e Atlântica.
“O empreendimento que não foi concluído impactou dezenas de investidores, que somente contrataram a aquisição das unidades hoteleiras em razão da participação direta da administradora Atlântica Hotels Internacional (Brasil), que se consorciou com a empresa NEP para a realização do empreendimento, participando em todas as fases relativas ao hotel, inclusive as prévias e da apresentação e da comercialização, tendo ingerência ainda sobre o projeto e a construção e sobre toda a publicidade, atuando como verdadeira incorporadora. Eles acreditaram na iniciativa da rede hoteleira, mas foram ludibriados”, explicou.