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Com queda do petróleo, Campos e Macaé já perderam 50 mil empregos desde 2015

Norte Fluminense será centro da revitalização de campos de petróleo; programa tem sido visto como esperança para a região

Economia
Por ASCOM
14 de março de 2021 - 13h04

Com o declínio da atividade petrolífera na região, os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé já perderam cerca de 50 mil empregos em diversos setores desde 2015. Os dados são do secretário de estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Leonardo Soares. Também é dele a expectativa de que a revitalização de campos marítimos maduros, que já são explorados há alguns anos, vai gerar muitos postos de trabalho na região Norte Fluminense. O Programa de Revitalização e Incentivo à Produção de Campos Marítimos (Promar), do Ministério de Minas e Energia, foi lançado na última quinta-feira, dia 11.

“Ainda há muito óleo para ser extraído nesse tipo de ativo, que já possui reservatórios descobertos e infraestrutura instalada, o que pode atrair empresas nacionais e internacionais de todos os portes”, explicou Leonardo Soares.

O secretário reiterou que, desde 2015, os municípios de Campos dos Goytacazes e Macaé perderam 50 mil empregos em diversos setores, devido à política de desinvestimento da Petrobras na Bacia de Campos. “Essa é uma oportunidade para a região recuperar esses empregos”, garantiu.

O programa federal foi lançado em um evento on-line, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética, e contou com a participação do Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e de representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), parlamentares e membros da indústria.

Segundo dados da ANP, 66% dos campos de petróleo brasileiros são considerados maduros. A produção da Bacia de Campos, por exemplo, já tem mais de 25 anos e vem se reduzindo a uma média de aproximadamente 9% ao ano.

“A nossa expectativa é de que, por meio de debates e estudos, sejam encontradas saídas para estimular esta exploração. A existência de um programa federal já é sinal de que o Estado brasileiro entende que é possível gerar mais riqueza com estes campos, o que reflete na criação de empregos e renda para a população e um desenvolvimento regional importante” afirmou Leonardo Soares.

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Dados da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo mostram que no Brasil só se recupera 24% das riquezas minerais que ficam abaixo de um poço, enquanto que no mundo esta média é de 35%. Segundo especialistas, a cada 1% a mais de óleo recuperado são gerados R$ 16 bilhões em royalties e R$ 26 bilhões em novos investimentos.

“Os números mostram que ainda há um grande potencial a ser explorado em nossos campos, o que poderá beneficiar municípios como Campos, Macaé e Rio das Ostras. Além disso, esta revitalização pode gerar um importante desenvolvimento tecnológico para a indústria do petróleo durante a busca pelo maior aproveitamento dos campos”, argumenta Soares.

Por determinação do governador em exercício Claudio Castro, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico já tem atuado para atrair cada vez mais empresas para o estado, principalmente, para o Norte Fluminense.

“Os investimentos no Porto do Açu representam uma grande chance para reindustrialização do estado a partir do gás natural e da revitalização dos campos maduros”, conclui o secretário.