A categoria tem sido fundamental mas até então tratada como coadjuvante nesta luta. São responsáveis por prestarem um trabalho desafiador, sensível e, muitas vezes, despercebido: acolher os familiares das vítimas da Covid-19.
Ulli Marques saiu à caça de depoimentos de assistentes sociais sobre esse trabalho. Eles atuam em hospitais públicos e privados, garantindo que o serviço de saúde seja realizado de forma humanizada.
A reportagem Especial desta edição revela que no Centro de Controle e Combate ao Coronavírus (CCCC) de Campos, as quinze assistentes sociais que lá atuam fizeram mais de mil atendimentos. Elas, que são o único elo entre os pacientes internados e seus familiares, executam aproximadamente 60 ligações por dia para informar a mães, pais e filhos sobre o estado de saúde de seus entes queridos. Algumas vezes, elas são emissárias de boas notícias, mas nem sempre. Até o fechamento desta reportagem, as profissionais do Centro comunicaram 105 óbitos.
Então, os assistentes sociais cumprem uma missão de extrema importância no contexto do drama que vivemos. Assim como os demais profissionais, são merecedores de todos os adjetivos, como por exemplo o de “heróis”.