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“Ouvir, sentir compaixão e cuidar” são verbos que a Igreja Católica vai trabalhar na Campanha da Fraternidade 2020

Campanha foi lançada nesta quarta-feira de Cinzas, em Brasília

Geral
Por ASCOM
26 de fevereiro de 2020 - 17h24

Campanha da Fraternidade foi lançada nesta quarta (Foto: CNBB)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta quarta-feira de Cinzas (26) a Campanha da Fraternidade 2020. Esta campanha vai procurar desenvolver, nos cristãos, nas famílias e sociedade brasileira o valor do cuidado como o Bom Samaritano que socorreu um Judeu que estava caído no caminho após ser quase morto por bandidos. “Ouvir, sentir compaixão e cuidar” são os verbos que a Igreja Católica vai trabalhar na Quaresma deste ano com a Campanha da Fraternidade 2020. O tema é Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso. Santa Dulce dos Pobres e Papa Francisco serão apresentados como exemplos de bons samaritanos.

No Brasil, 22,6% das crianças e adolescentes entre 0 e 14 anos vivem em situação de extrema pobreza. 11,7 mil crianças e adolescentes foram vítimas de homicídio em 2017. Em 2016, houve no país 11.433 mortes por suicídio, uma média de 31 casos por dia. Nos 6 primeiros meses de 2018, os acidentes de trânsito provocaram mil mortes e 20 mil casos de invalidez permanente no país. Em 2017, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE), o Brasil era 9º país mais desigual do planeta em distribuição de renda.

Em Mensagem o Papa Francisco chama a atenção para que a Quaresma e a Campanha da Fraternidade, inseparavelmente vividas, sejam para todo o Brasil um tempo em que se fortaleça o valor da vida, como dom e compromisso: esses são os votos do Papa Francisco aos brasileiros por ocasião da abertura da Campanha da Fraternidade.

“Alegro-me que, há mais de cinco décadas, a Igreja do Brasil realize, no período quaresmal, a Campanha da Fraternidade, anunciando a importância de não separar a conversão do serviço aos irmãos e irmãs, sobretudo os mais necessitados. Neste ano, o tema da Campanha trata justamente do valor da vida e da nossa responsabilidade de cuidá-la em todas as suas instâncias, pois a vida é dom e compromisso; é presente amoroso de Deus, que devemos continuamente cuidar. De modo particular, diante de tantos sofrimentos que vemos crescer em toda parte, que provocam os gemidos da irmã terra, que se unem os gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo (Carta Enc. Laudato Si’, 53), somos chamados a ser uma Igreja samaritana”, escreveu o Pontífice.