Manifestantes fizeram e serviram comida a R$1 pedindo a volta do Restaurante Popular (Fotos: Silvana Rust)
Um almoço para mais de 200 pessoas foi preparado e servido por voluntários nesta quinta-feira (28), em frente à sede do Restaurante Popular, fechado no início da gestão do prefeito Rafael Diniz, em 2017. O gesto simbólico foi idealizado por um grupo de manifestantes que integram diferentes representações da sociedade civil organizada. Foi cobrado apenas R$1 pelo prato composto por arroz, estrogonofe, batata palha, vegetais e bebida. A iniciativa quis chamar a atenção das autoridades municipais para que o espaço seja reaberto e atenda à uma parte da população carente que perdeu o benefício. Em dezembro passado, participantes de movimentos sociais realizaram um outro ato público no local.
De acordo com a professora Juju Rocha, integrante de diversos movimentos sociais de Campos, desde o ano passado, representantes da sociedade civil organizada que envolve ativistas políticos, sindicatos, organizações não governamentais e e outros segmentos têm todo o interesse em promover a reabertura do Restaurante Popular, já que este favorece as populações mais carentes da cidade:
“São movimentos sociais que querem promover a inclusão social ampla. Temos avançado em discussões da pauta que envolve o Restaurante Popular. No dia 5 de abril, o secretário Marcão Gomes, que está à frente da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social, se reunirá com vários representantes de conselhos municipais apenas para tratarmos das condições de reabertura do Restaurante Popular, prometida pelo governo desde o ano passado”, informou Juju Rocha.
Nesta quinta-feira (28), quem passou pela Rua Lacerda Sobrinho, no Centro de Campos, se deparou com uma movimentação de pessoas que lembrou os anos de funcionamento do Restaurante Popular, quando centenas de refeições eram servidas diariamente no local. Cadeiras e mesas foram espalhadas pela estreita calçada para quem pudesse se acomodar. A comida foi preparada pelos voluntários. Entre uma refeição e outra, os ativistas fizeram manifestação pedindo o retorno do serviço. “Conseguimos servir pouco mais de 200 pratos a R$1 cada um. É um preço simbólico e o gesto também é para mobilizarmos toda a sociedade”, disse um participante do movimento popular.
Um morador de rua identificado pelo nome de Paulo gostou da comida servida pelos manifestantes. “A gente que vive na rua consegue a doação de umas moedas que dão para pagar pelo prato de comida. O Restaurante Popular sempre ajudou muita gente a não passar fome. Faz falta ter o serviço”, disse.