O labrador do ex-presidente George H. W. Bush, morto no sábado aos 94 anos, foi fotografado deitado ao lado de seu caixão no domingo. A imagem de Sully foi publicada no Twitter pelo assessor do ex-presidente Jim McGrath, acompanhada da legenda “Missão cumprida”. O cachorro estava com Bush pai, como ficou conhecido após a eleição do filho George W. Bush, desde a morte da ex-primeira dama Barbara Bush em abril deste ano.
Sully é um labrador de dois anos treinado para obedecer comandos como buscar itens, abrir e fechar portas e atender o telefone. Ele acompanhava George H.W. Bush, que sofria de Mal de Parkinson e se locomovia com cadeira de rodas. De acordo com George W. Bush, o cachorro será levado para o Centro Médico Militar Nacional Walter Reed e irá atender outra pessoa com necessidades especiais.
“Por mais que nossa família vá sentir saudades desse cachorro, estamos reconfortados em saber que ele trará a mesma alegria para sua nova casa em Walter Reed, que o trouxe ao 41º presidente”, declarou.
Sob a gestão de Bush pai, o mundo vivenciou a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética. Apesar de ser um momento de reafirmação da hegemonia americana, o país passou por uma recessão em seu governo, gerando a famosa expressão “é a economia, estúpido”, de James Carville, estrategista de Bill Clinton, que evitou que Bush pai fosse reeleito em 1992, apesar da vitória na primeira Guerra do Golfo — diferentemente da invasão do Iraque em 2003, a coalizão internacional liderada pelos EUA em 1990 teve o aval da ONU.
Milionário aos 40 anos graças a seu trabalho na indústria de petróleo texana, Bush pai foi diretor da Agência Central de Inteligência (Cia) e embaixador americano na Organização das Nações Unidas (ONU) antes de chegar ao poder como vice-presidente de Ronald Reagan, posto que exerceu por oito anos até ser eleito para a Casa Branca.
Em 2000, seu filho George W. Bush foi eleito e, em 2004, reeleito presidente dos EUA. Outro filho seu, Jeb Bush, foi governador da Flórida e perdeu, em 2016, as primárias republicanas para Donald Trump. A família, influente no ambiente conservador americano, nunca apoiou o atual presidente republicano.
Fonte: O Globo