Quem passou pelo Centro de Campos nesta terça-feira(20) encontrou alguns estabelecimentos comerciais funcionando. Apesar de o feriado da Consciência Negra valer para todo o estado do Rio de Janeiro, alguns comerciantes decidiram abrir as portas e apostar nas vendas. A chuva que cai sobre a cidade acabou frustrando a expectativa de movimento. Os bancos não funcionam, mas shoppings e supermercados estão abertos em horários diferenciados.
No Campos Shopping, o centro de compras mais antigo da cidade, metade das lojas estava aberta pela manhã com previsão de funcionamento até às 20h. No entanto, alguns comerciantes estavam repensando o horário de fechar nesta terça-feira. Isto se deve ao dia chuvoso que espantou a possibilidade de freguesia aparecer. Pouca gente circulou pelo prédio e quase ninguém comprou. Para o gerente de uma loja de roupas, Moisés Codeço, a chuva esfriou os ânimos.
“Esta é a primeira vez que a gente decidiu abrir no feriado do dia 20. Acredito que a chuva desanimou as pessoas de saírem de casa. Em dias ensolarados, percebemos que muitas pessoas vêm ao Centro da cidade, passeiam pela Praça São Salvador, visitam o Museu Histórico, mas com o tempo chuvoso não sei se iremos funcionar dentro do horário integral. Dois funcionários foram escalados para trabalhar, e a expectativa de vendas, infelizmente, está fraca”, comenta.
No tradicional comércio de rua, poucas lojas abriram as portas. O empresário Alamir Chacur, dono de estabelecimentos no ramo de brinquedos, optou pelo funcionamento. Ele e a família estão há 80 anos nesse segmento. “Eu considero que prestamos um serviço público à comunidade há décadas. Estamos enfrentando uma crise econômica no país que precisa ser combatida com trabalho, acredito. A equipe de funcionários compreende nossa proposta. Estou cumprindo com as obrigações trabalhistas, oferecendo lanche e pagamento de honorários extras”, explica.
Em outra loja de material fotográfico, funcionários estavam de braços cruzados à espera de clientes que não apareceram. “O proprietário já nos autorizou a fechar mais cedo se o movimento continuar fraco. A gente teme também pela questão de segurança, já que assaltos têm acontecido na área central em dias movimentados”, disse um vendedor que preferiu não se identificar.