No fim da tarde desta terça-feira (29), dezenas de caminhões com ou sem carga seguiram em comboio pela Estrada dos Ceramistas, pelas Avenidas Lourival Martins Beda, 28 de Março, Nilo Peçanha e seguiram ao trevo de Ururaí na BR-101, em Campos. Os caminhoneiros fizeram um buzinaço para chamar a atenção da população. Eles reforçam o movimento grevista que há nove dias tomou conta de todo o país. Vários caminhoneiros se juntaram a outros que estão parados na BR-101 desde o dia 20.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, alguns caminhoneiros optaram em abandonar a paralisação na BR-101, mas eles estariam temerosos em deixar o movimento, por prováveis retaliações de companheiros de profissão. O chefe operacional da PRF em Campos, Wheber Boroto, informou que está estudando o modo mais adequado da polícia oferecer escolta ou proteção aos caminhoneiros que querem deixar a greve.
A circulação de caminhões pela Avenida 28 de Março tornou o trânsito ainda mais lento. Em alguns pontos, há longas filas de carros e motocicletas nos postos de combustíveis esperando para abastecer. No cruzamento da avenida com a Rua dos Goitacazes, uma viatura da Polícia Militar estava a postos observando o comboio dos manifestantes. O protesto foi considerado pacífico, sem grandes transtornos. A maioria retornou à concentração do protesto no trevo que dá acesso à Estrada dos Ceramistas (RJ-238). De acordo com um dos caminhoneiros participantes, pela manhã cerca 50 veículos continuavam parados na BR-101, próximo a Ururaí. Ele defende a paralisação, mas diz respeitar àqueles que querem deixar o movimento.
No início da noite desta terça-feira, também houve manifestação de caminhoneiros na altura do quilômetro 57, próximo ao Aeroporto Bartolomeu Lisandro, em Campos. De acordo com a assessoria da concessionária Autopista Fluminense, houve aglomeração de caminhoneiros em faixa de domínio da rodovia. A Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar foram para o local. Até o fim desta apuração, não havia transtorno ao tráfego.