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Ônibus e vans em Campos: as queixas não param

Usuários continuam reclamando da decadência do transporte público no município, mas IMTT se defende

Geral
Por Redação
22 de março de 2018 - 15h15

Terminal Urbano no Centro de Campos: à espera de melhorias (Foto: Divulgação)

Quando o assunto é trasporte público em Campos, é difícil não ter reclamação por parte de usuários. Muitos afirmam que a qualidade do serviço só tem piorado. Mais de 300 mil pessoas necessitam de ônibus e vans todos os dias para se locomoverem nas áreas urbana e rural. Com tantos distritos, a população do imenso território campista enfrenta uma série de transtornos e o governo municipal tenta colocar o transporte coletivo nos eixos ou no caminho correto. Entretanto, passageiros não hesitam em criticar o sistema que atravessa uma das piores fases.

A moradora da localidade de Espinho, na Baixada Campista, Márcia da Silva, diz que situação de transporte na região é vergonhosa. “Não há nenhum ônibus. A empresa São Salvador deixou de circular. A  população precisa andar mais ou menos três quilômetros para tentar pegar uma van, mas que muitas vezes já chega lotada, deixando muitos passageiros a pé. É um desrespeito geral”, afirma.

Moradores de outras regiões também denunciam a precariedade do serviço de transporte. É o caso do morador do Eldorado, Fabiano Nunes: “No Eldorado está um absurdo. O ônibus só está indo até às 22h. Eu trabalho no Boulevard e saio 22h20.  Até pegar o ônibus, chego no Centro às 22h50, mas não tem mais ônibus. Estou indo de bicicleta, e roubaram meu celular. Só prejuízo”. lamenta.

O transporte alternativo em Campos  também é alvo de críticas (Foto: Silvana Rust)

Segundo o morador do IPS, Luciano Alvarenga, em seu bairro ônibus praticamente não existe. “Só tem ônibus quando a empresa São João quer. A linha do Capão não circula (Turisguá) . Quando precisamos, ou andamos até a Avenida 28 de Março, ou pegamos no Parque Aurora. A São João divide seus ônibus. Uma hora faz a linha IPS- Parque Prazeres, na outra viagem faz Alphaville-Parque Prazeres. Às vezes, os moradores do IPS ficam horas sem ônibus”, afirma.

E o que a Prefeitura de Campos tem a dizer? A crise no setor de transporte ficou ainda mais evidente com a substituição do antigo presidente do IMTT (Instituto Municipal de Trânsito e Transporte), Renato Siqueira. Em seu lugar, assumiu no dia 8 deste mês, Felipe Quintanilha, que foi secretário da pasta de Desenvolvimento Econômico. A reportagem voltou a questionar o IMTT sobre os problemas denunciados pelos usuários, além da irregularidade de horários de ônibus e vans que circulam no município. Em nota, a assessoria de comunicação informou:

“O sistema de transporte coletivo está passando por um processo de reestruturação e, nos últimos dias, o atendimento à população da Baixada Campista vem evoluindo, apesar de ainda não ser o ideal.  Além de regularizar os horários, o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) está buscando ampliar a oferta para atender cada vez melhor à população”.  Felipe Quintanilha ainda destacou:  “Estamos nos reunindo com os representantes das concessionárias para regularização dos horários e intervalos dos ônibus.  Medidas também vêm sendo estudadas para melhorar o atendimento do transporte alternativo”, disse o presidente do IMTT.