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Polícia acredita ter concluído 55 investigações com a prisão de Nolita

Francio da Conceição Batista era o homem mais procurado pela polícia em Campos

Campos
Por Redação
8 de março de 2018 - 16h48
Nolita sendo conduzido pela polícia (Foto: Felipe Soares/NF Notícias)

Nolita sendo conduzido pela polícia (Foto: Felipe Soares/NF Notícias)

Com a prisão do criminoso mais procurado de Campos, Francio da Conceição Batista, o Nolita, de 34 anos, na Operação Caixa de Pandora, a Polícia acredita ter concluído 55 investigações em que ele era suspeito.

Crimes de homicídio, furto, associação ao tráfico, coação no curso do processo, extorsão, tráfico de drogas, furto de veículos, corrupção de menores, tortura e até estupro teriam sido praticados ou encomendados por ele.

Nolita era temido por outros bandidos e, segundo a polícia, costumava não cumprir acordos feitos entre facções. Em decorrência disso, era tido pelos policiais como independente, destemido e líder de uma suposta terceira facção criminosa implantada por ele em Campos e que brigava com outras duas principais da cidade.

Segundo a polícia, ele passou a fazer do Parque Santa Rosa, em Guarus seu reduto. De lá e também de longe, liderava seus subordinados à práticas criminosas, entre elas de seqüestrar, torturar e estuprar uma adolescente de 16 anos, no mês passado. A vítima foi levada por cinco homens para uma casa, teve a cabeça raspada e, antes de ser estuprada, conseguiu fugir. A Polícia Militar prendeu dois suspeitos do crime no mesmo dia e apreendeu um menor. No dia seguinte, prendeu o quarto suspeito. O último homem acusado do crime foi preso nesta quinta-feira (8), na mesma operação em que Nolita foi encontrado.

A vida de Nolita no crime começou ainda no início dos anos 2000, no tráfico de drogas, no bairro Custodópolis. Chegou a ser preso, teve um comparsa de cela assassinado no presídio Carlos Tinoco da Fonseca e, ao ganhar as ruas, continuou no mundo do crime.

Em entrevista à imprensa, a Polícia informou que ele costumava expulsar moradores das casas populares do bairro e tomava o imóvel para servir de local de práticas criminosas. “Com isso, muitas famílias foram expulsas e aterrorizadas dentro das próprias casas”, informou a polícia.

A polícia acredita que, com a Operação Caixa de Pandora, o número de homicídios reduza em Guarus. Só nos 28 dias do mês de fevereiro de 2018, 22 pessoas foram assassinadas em Campos. Destas, 19 foram mortas em Guarus. Tamanha violência resultou no registro de duas mortes por dia. Isso se repetiu sete vezes, nos dias 7, 10, 14, 17, 21, 25 e 28.

O Jornal Terceira Via apurou que a idade das vítimas assassinadas variou entre 14 e 45 anos.

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