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Operação Caixa d’água: começa a audiência em que casal Garotinho é réu

Dez advogados atuaram na defesa dos oito acusados

Campos
Por Redação
6 de fevereiro de 2018 - 13h35
Garotinho foi dispensado da audiência (Foto: JTV)

Garotinho foi dispensado da audiência (Foto: JTV)

A audiência instrução e julgamento, do esquema de Caixa 2 para eleição e reeleição do ex-governador do estado, Anthony Garotinho e seus aliados políticos, já teve início, no Fórum Maria Teresa Gusmão. Garotinho e a ex-prefeita de Campos, Rosinha Garotinho foram dispensados pelo juízo. Dez advogados atuam na defesa dos oito acusados.

A defesa pediu que a imprensa não registrasse o momento em que os argumentos em favor dos réus fossem apresentados. O juiz negou o pedido e houve uma discussão. De acordo com um dos advogados, a imprensa poderia gerar publicitação midiática para fins políticos, o que pode vir a prejudicar seus clientes. Mais uma vez, o juiz indeferiu o pedido sob a justificativa de que o processo não corre em segredo de justiça.

Um dos advogados também defende o ex-secretário de Controle Orçamentário e Auditoria do governo Rosinha, Suledil Bernadino. Além de Rosinha, Garotinho e Suledil, também são réus na ação o então presidente Nacional do PR, Antônio Carlos Rodrigues, o genro dele, Fabiano Rosas Alonso, o policial civil aposentado Antônio Carlos Ribeiro, conhecido como Toninho, o empreiteiro Ney Flores e o ex-subsecretário de governo da Prefeitura de Campos, Thiago Godoy.

O ex-vice-prefeito de Campos, Dr. Chicão foi convocado como depoente/testemunha e esteve presente no fórum. A primeira testemunha de acusação do processo a ser ouvida foi Adilson Gomes Barbosa, por volta das 15h. Ele é sogro do empresário André Luis Ribeiro, o Deca, que procurou a Polícia Federal de Campos em 2017 e participou de uma colaboração premiada e delatou o esquema criminoso. Em depoimento à PF, Deca disse que Anthony Garotinho cobrava dinheiro de empreiteiros que prestavam serviço à prefeitura de Campos para utilizar em campanhas políticas. Segundo o empresário, Garotinho alegava que quem não entregasse o dinheiro em forma de doação para campanha não receberia o que a Prefeitura de Campos devia às empresas por prestarem serviços de obra ao município.

Segundo o processo, Deca também foi obrigado a utilizar uma de suas empresas (Ocean Link) para receber R$ 3 milhões da empresa JBF, de Wesley Batista em um falso contrato de prestação de serviço para que esse dinheiro depois fosse entregue a Garotinho.

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