Após a prisão de Anthony Garotinho na manhã desta quarta-feira (13), a esposa do ex-secretário de governo de Campos, Rosinha Garotinho, publicou em suas redes sociais um desabafo contra a prisão do marido.
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“Não da pra ficar em silencio diante de mais um absurdo praticado contra o meu marido. Repudio a prisão dele e a classifico como uma tentativa de calar a sua voz em denúncias sobre famosos políticos e membros do Judiciário. Também estou perplexa com a “coincidência suspeita” de a prisão ocorrer no mesmo dia do depoimento do ex-presidente Lula, criando ainda mais atenção para a notícia da prisão de Garotinho, assim como a primeira prisão do ex-governador ter ocorrido na véspera da prisão do também ex-governador Sergio Cabral.
Outro fato que também me causa espanto é que a prisão de hoje acontece logo depois que eu e o Garotinbo reiteramos denuncias ao Ministério Público contra o promotor Leandro Manhães por seus atos ilícitos. E ainda um dia após o Garotinho ter tido audiência com o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Luiz Zveiter, em que foi proposta uma reconciliação pelo Zveiter, mas esta não aceita pelo ex-governador. Garotinho disse, na audiência, que irá apelar para o conceito de exceção da verdade, ou seja, irá provar que tudo que ele diz sobre Zveiter é verdade.
Ressalto que as acusações contra o Garotinho falam de supostas compra de votos, o que não é verdadeiro. Não há acusação de roubo, propina ou corrupção. A compra de votos, mesmo que fosse provada, não seria motivo de prisão. Afirmo ainda que esse processo nada tem a ver com construtoras ou acusações de outras natureza, como afirmam alguns veículos de comunicação.
Enquanto os que ele denuncia estão presos por corrupção recebimento de propina, enriquecimento ilícito, conta no exterior, prendem o Garotinho porque da comida aos mais necessitados e devidamente cadastrados na prefeitura.
Faço um apelo às autoridades para que libertem o meu marido por que isso é imoral o que estão fazendo. E permitam que ele volte a trabalhar honestamente como radialista, o que ele faz há mais de 30 anos e que garante o sustento da nossa família.”
Garotinho foi preso pela Polícia Federal (PF) na sede da Rádio Tupi, na capital fluminense, enquanto apresentava o programa “Fala Garotinho”, por volta das 10h30 desta quarta-feira (13). Ele está a caminho de Campos, onde fará exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal. Depois, ele será ouvido na delegacia da PF no município e seguirá casa, no bairro da Lapa, onde cumprirá prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica.
Garotinho foi condenado em primeira instância a 9 anos de prisão por envolvimento no esquema que trocava inscrições fraudulentas no programa Cheque Cidadão, da Prefeitura de Campos, por votos em candidatos de seu grupo político nas eleições municipais de outubro de 2016. A sentença foi proferida nesta terça-feira pelo juiz Ralph Manhães, da 100ª Zona Eleitoral (ZE), e publicada na manhã desta quarta.
De acordo com o delegado Gabriel Duarte Souza, da PF, Garotinho responderá pelos crimes de formação de quadrilha, compra de votos e coação de testemunhas no curso do processo.