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Protestos nesta segunda-feira geram colapso no trânsito da cidade

Foram quatro manifestações: servidores da prefeitura, rodoviários e moradores da região Norte do município

Campos
Por Redação
4 de setembro de 2017 - 14h08
Pneus de ônibus foram esvaziados para evitar circulação (Foto: JTV)

Pneus de ônibus foram esvaziados para evitar circulação (Foto: JTV)

Quatro protestos em Campos provocaram uma espécie de colapso, principalmente no trânsito da cidade, nesta segunda-feira (4). Funcionários do transporte público – consórcio União – impediram a saída de ônibus do terminal urbano Luiz Carlos Prestes na avenida Rui Barbosa (Beira-Rio), no Centro, por volta das 13h30. Eles chegaram a esvaziar os pneus dos coletivos de outros consórcios para impedir a circulação.

A manifestação começou pela manhã, na rodoviária Roberto Silveira. Os ônibus do consórcio ficaram sem circular. Os motoristas que dirigem no sentido Pecuária/centro estão impedidos de seguirem viagem pela avenida Rui Barbosa e estão sendo direcionados pela Guarda Civil Municipal para retornarem no sentido Centro/Pecuária.

A alternativa é a a rua Paul Percy Harris, no entorno da praça São Salvador. Para o motorista que vem da rua Lacerda Sobrinho, as opções são a avenida Rui Barbosa (sentido Centro/Pecuária) ou a Rua Governador Theotônio Ferreira de Araújo.

O motivo da manifestação seria o atraso no pagamento dos funcionários do Consórcio União.

A Auto Viação São João informou que seus funcionários, cientes da importância do serviço para a população, não aderiram à paralisação de rodoviários nesta segunda-feira, mas foram forçados por um grupo a parar os veículos. “Para impedir a circulação, os manifestantes esvaziaram os pneus de 16 ônibus da São João, obrigando, em alguns casos, os passageiros, inclusive crianças e idosos, a descerem e deixando os veículos no meio da rua, o que tumultuou o trânsito. Os coletivos precisaram ser recolhidos à garagem para manutenção. O serviço foi normalizado no final da tarde”, disse a empresa em nota.

Trânsito ficou comprometido por todo o Centro (Foto: redes sociais)

Trânsito ficou comprometido por todo o Centro (Foto: redes sociais)

Outra manifestação promovida, nesta tarde, interrompeu o trânsito na avenida José Alves de Azevedo, no cruzamento com rua Tenente-Coronel Cardoso (antiga Formosa).

Pela manhã, servidores municipais bloquearam as entradas da sede da prefeitura. Em greve – que deve durar uma semana, segundo decisão em assembleia – eles revindicam melhores condições de trabalho, revisão de salários, gratificações, benefícios e carga horária. Os Serviços essenciais manterão 30% do efetivo em atividade, conforme a lei.

Os servidores revindicam reposição salarial, regência da Educação, revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários e da carga horária de várias categorias, continuidade das gratificações, eleições para diretores de escolas e o retorno do plano de saúde. A superintendência de Comunicação da Prefeitura de Campos declarou, em nota, que: “A Prefeitura de Campos informa que tem conversado constantemente com todos os servidores e que, inclusive, o prefeito recebeu na última semana pessoalmente tanto representantes de sindicatos quanto de comitês formados pelos servidores. É importante ressaltar que o salário do servidor público de Campos está rigorosamente em dia, o que tem sido a prioridade da atual gestão. A Prefeitura informa, ainda, que orientou os manifestantes que impedem a entrada de servidores na manhã desta segunda-feira na sede da Prefeitura que formassem uma comissão para que fossem recebidos. No entanto, os manifestantes não aceitaram a proposta”.

Já na BR-101, na altura da localidade de Conselheiro Josino Lasix reviews , moradores de Guandu, Morro do Coco, Espírito Santinho, Santo Eduardo, Santa Maria e Mutuca, protestaram contra a redução do número de ônibus que atendem a população. As localidades são da região Norte do município.

De acordo com os moradores, o transporte público já era deficiente, mas a Prefeitura de Campos teria reduzido ainda mais o número de coletivos nas linhas.

Por volta das 15h30 manifestantes interditaram a Ponte General Dutra e a Ponte da Lapa. Fogo foi colocado em galhos e pneus impossibilitando a passagem de motoristas para a área central e o subdistrito de Guarus.

O Jornal Terceira Via entrou em contato com a Superintendência de Comunicação de Campos, que informou através de nota que “a Secretaria de Governo informa que a Prefeitura vem se reunindo com os consórcios que atuam no transporte coletivo no município e tem buscado estar em dia com os repasses, mesmo diante das limitações financeiras e do déficit de cerca de R$ 35 milhões mensais (que em janeiro era de R$ 57 milhões), que ainda é muito preocupante para o município. Ainda esta semana, deverá ser liberado o pagamento do mês de agosto. É importante lembrar que, com a passagem a R$ 2, houve uma redução dos repasses da Prefeitura direcionados às empresas. Hoje, cabe à Prefeitura apenas pagamento de R$ 0,75 por pessoa, ou seja, menos de 1/3 do valor total da passagem, que é de R$ 2,75. Os repasses mensais estão menores, enquanto o pagamento do usuário de forma direta às empresas aumentou.  A Prefeitura de Campos não foi notificada sobre a paralisação desta segunda-feira (04), mas está buscando diálogo com o Sindicato dos Rodoviários, para mostrar todas as dificuldades e o que tem sido conversado com os consórcios. Ainda sobre reivindicações, a Guarda Civil Municipal vem atuando para oferecer segurança aos munícipes, orientar o trânsito, além de guardar o patrimônio público.”

Greve – Também nesta segunda-feira (04), motoristas de ambulâncias da empresa Prime, que prestam serviço para a Prefeitura de Campos iniciaram uma greve. O movimento grevista reivindica o pagamento de salários e vale alimentação, atrasados há três e sete meses, respectivamente. No último sábado (02), os funcionários fizeram uma manifestação pelas ruas centrais de Campos.

 

Foto: JTV

Foto: JTV

Foto: JTV

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