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“No encontro deste ano observamos camisas inimagináveis de anos atrás”, ressalta. Para Rogério, os colecionadores têm um perfil único. “É aquele ‘cara’ que gosta demais do esporte, tem um xodó absurdo pelas camisas, guarda em um lugar especial. Alguns as usam, outros não”. A dica para quem está começando é sempre estar preparado com alguma camisa de ‘pelada’ ou sem muito valor dentro do carro. “Assim dá para barganhar com mais facilidade”, admite. A paixão de Rogério começou ainda criança quando ganhava camisas de times de futebol e guardava todas. A coleção começou há cerca de três anos. “Meu pai me deu uma camisa em 1998 comprada em uma loja e era do jogador Mauro Galvão. De jogo, tenho uma do Fabrício quando o Vasco foi campeão em 1997. Essa ganhei do primo de um amigo”. Desde 2014, ele compra regularmente os artigos lançados nas lojas, e para obter as mais antigas a internet é a ferramenta utilizada. Através principalmente de sites de compra e venda. Outra opção são os grupos de colecionadores nas redes sociais, onde ele conseguiu ampliar seu acervo. Em meio a 95 camisas, Rogério não consegue nomear a que considera mais importante. “Tenho carinho por várias. Tem uma que o Odvan jogou e foi campeão da Copa América de 1989 e uma do Goytacaz de 1982. E todas as do Vasco, obviamente”, admite, sorrindo.
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Segundo os organizadores está cada vez mais difícil encontrar camisas raras.
Já faz parte do passado o tempo em que colecionadores garimpavam brechós em busca de uma boa camisa de futebol. Por causa dos preços atraentes, muitas vezes entre R$1 e R$10, os uniformes “sumiram” das lojas de roupas usadas. Tudo pelo fato de que uma espécie de “leilão” passou a ser organizado pelos donos desses estabelecimentos. “Tem pessoas que passam aqui e deixam um dinheiro extra para reservar as camisas oficiais. Agora está difícil até mesmo de achar para venda”, admite o dono de um brechó do Centro da
cidade. Esse mesmo discurso foi repetido por diversos vendedores de roupas
usadas. Alguns assumem: “Quem paga mais pela reserva ganha a referência”.
O destino de muitos desses “mantos sagrados” acaba sendo os pontos de
venda na internet. Em sites especializados, as camisas não são vendidas por menos de R$ 50. No entanto, existem casos em que a preciosidade garimpada a preço de banana no brechó chegou a ser negociada por mais de R$ 2 mil.
Demanda e oferta order lioresal
As camisas antigas de futebol seguiram o mesmo caminho de objetos com demanda e oferta: tornaram-se produtos negociáveis. “Nas camisas é assim: vende quem tem, compra quem quer”, diz Rogério Ribeiro. O colecionador não revela o valor de mercado das suas camisas. No entanto, deixa claro: nenhuma delas está à venda.” E garante: “Guardar uma relíquia do clube do coração é como voltar no tempo. É um hobby que não tem preço”.