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Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo embarcam em voo para Curitiba, onde prestam depoimento

Avião da Polícia Federal decolou com o casal da base aérea do Galeão por volta das 9h30

Estado do RJ
Por Redação
27 de abril de 2017 - 10h49
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Sérgio Cabral embarca para Curitiba, onde será ouvido pelo juiz Sérgio Moro. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, deixou seu apartamento no Leblon, na Zona Sul do Rio, às 5h30 desta quinta (27), onde cumpre prisão domiciliar. Por volta das 7h, o ex-governador também deixou a sede da Polícia Federal (PF), na Zona Portuária do Rio, com destino à base aérea do Galeão, na Ilha do Governador. Cabral está preso no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, mas passou a noite na sede da PF. O avião da Polícia Federal decolou com o casal rumo a Curitiba por volta das 9h30.

Adriana e Sérgio Cabral vão prestar depoimento para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba, no início da tarde desta quinta, no processo que apura desvios de dinheiro na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). A expectativa é que o embarque do casal aconteça às 8h. Cabral é réu em seis processos da Lava Jato.

Adriana Ancelmo e Cabral chegaram a embarcar em um voo com destino à Curitiba na noite desta quarta (26), mas devido a um problema técnico na aeronave, a viagem foi adiada. A ex-primeira dama foi levada de volta para o apartamento no início da noite e o ex-governador passou a noite na sede da Polícia Federal.

Prisão domiciliar — order lioresal order Antabuse order nolvadex Adriana Ancelmo aguarda em seu apartamento no Leblon o julgamento de recurso contra a decisão de voltar para a cadeia em Bangu.

Nesta quarta-feira, a primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) decidiu revogar a prisão domiciliar da mulher do ex-governador Sérgio Cabral, mas a defesa tem 10 dias para apresentar os embargos infringentes. Até lá, ela segue em casa.

Adriana Ancelmo é ré na Lava Jato, acusada de lavar dinheiro da organização criminosa chefiada pelo marido. O Ministério Público Federal tinha pedido a revogação da prisão domiciliar alegando que ela poderia destruir provas e ocultar patrimônio ilícito.

Como não houve decisão unânime — foram 2 votos a 1 —, a lei estabelece o prazo de 10 dias, após a publicação do acórdão, para a que defesa apresente recurso. Se o placar tivesse sido 3 a 0 a favor da Procuradoria, Adriana Ancelmo só poderia recorrer em tribunais superiores e teria que esperar o julgamento do recurso na cadeia.

O advogado de Adriana Ancelmo, Luis Guilherme Vieira, disse que o desembargador Abel Gomes chegou a determinar o cumprimento imediado da revogação da prisão domiciliar, mas reconsiderou depois o pedido de cumprimento imediato da decisão, devido à falta de unanimidade. A Justiça Federal nega que tenha havido reconsideração e diz que a decisão desde o início incluía o prazo da defesa.

“Estou aliviado porque, enfim, um erro do Tribunal foi corrigido pelo desembargador. Hoje, havia sido pedida a execução imediata da decisão, o que faria com que a Adriana tivesse que voltar hoje para a prisão. Mas isso não pode ocorrer porque a defesa ainda tem 10 dias contados, a partir da publicação do acórdão, para opor os embargos infringentes. Percebendo esse erro, o desembargador voltou atrás”, disse o advogado. Vieira ainda reforçou que apresentará o recurso assim que houver a publicação.

Fonte: G1