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Polícia rastreia 5 mil pedidos para entrar no jogo Baleia Azul

Adolescentes com idade média de 16 anos tentavam entrar no grupo do Facebook ‘Baleia’, voltado ao apoio de pessoas gordas

Estado do RJ
Por Redação
20 de abril de 2017 - 12h51

acquire Antabuse No início deste mês, Bernardo Boechat alertou no Facebook que recebia até 60 pedidos por dia de adolescentes querendo entrar no jogo “Baleia Azul”. Mas o publicitário não é um dos chamados “curadores”, que incitam automutilação e até suicídio entre os participantes do desafio online. Ele é um dos donos da comunidade Baleia, ponto de apoio para pessoas acima do peso dividirem experiências e falarem sobre gordofobia. Ontem, a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática começou a rastrear 5 mil pedidos feitos ao grupo do Facebook.

Nesta sexta, a delegada titular da DRCI, Fernanda Fernandes, deve ouvir depoimentos de mais dois casos suspeitos de envolvimento com o jogo: o de uma menina que tentou suicídio, sem idade confirmada, e o de um menino de 12 anos, ambos do Rio.

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“A divulgação desses casos tem surtido efeito. Os pais estão prestando mais atenção a seus filhos e têm denunciado”, disse Fernanda. A polícia continua com um trabalho de monitoramento das redes sociais. Os ‘curadores’ das redes podem responder por lesão corporal e até homicídio.

Nesta quarta, circulou pelo WhatsApp uma suposta mensagem de um adolescente de Ipanema, em Minas Gerais, que teria que cumprir o desafio de distribuir balas envenenadas a crianças como parte do Baleia Azul. No entanto, a Polícia Militar da região confirmou que se trata de um boato e orientou pais e alunos da escola.

A médica da Associação Brasileira de Psiquiatria Alexandrina Meleiro disse que é importante aproveitar a repercussão do assunto para levantar o debate sobre a prevenção do suicídio — 96,8% dos casos registrados estavam relacionados com histórico de doença mental. “Temos que destacar que as pessoas têm que buscar ajuda. Se estiver sendo tratada, é uma morte evitável”. Os postos da unidade de atenção primária no Rio fazem atendimento de saúde mental — familiares podem buscar ajuda. O Centro de Valorização da Vida (CVV) faz apoio emocional e prevenção do suicídio pelo telefone 188.

Fonte: Jornal O Dia  generic dopoxetine