Cooperativa deverá produzir 1,2 milhão de sacas de açúcar e 18 milhões de litros de álcool (Silvana Rust)
Um Culto Ecumênico, na manhã desta terça-feira (18), marcou o início da safra sucroenergética 2017/2018 na Cooperativa Agroindustrial do Estado do Rio de Janeiro (Coagro). Cerca de 500 pessoas entre funcionários, fornecedores, políticos e empresários participaram da celebração presidida pelo padre Cristiano e pelo pastor Josué.
Os trabalhos na indústria começam nesta quinta-feira (20) e, durante o período de moagem, serão gerados três mil empregos diretos e indiretos. Para esta safra, a expectativa da cooperativa é de moer 750 mil toneladas de cana, o que representa aumento de 30% em relação ao ano passado. A cooperativa deverá produzir 1,2 milhão de sacas de açúcar e 18 milhões de litros de álcool.
Contando hoje com cerca de 4 mil fornecedores em atividade, a Coagro está iniciando a safra com um mês de antecedência e, de acordo com o presidente Frederico Paes, tudo sinaliza para uma boa produção, apesar da queda prevista para este ano na região, em torno de 15%, por causa do número de cooperados em atividade.
Coagro conta com cerca de 4 mil cooperados (Foto: divulgação/Coagro)
Ainda segundo Frederico, a região, que sofreu nos últimos três anos com a falta de chuva, apresentou uma recuperação do índice pluviométrico. Em 2014 foram apenas 560 milímetros, ano crítico para os produtores de cana. Em 2015, o volume de chuva aumentou para 814 milímetros e no ano passado atingiu 900 milímetros. Diante desse volume crescente de chuva, áreas que estavam com cana ruim, estão sendo replantadas pelos cooperados. No ano passado, as três usinas da região moeram juntas 1,4 milhão toneladas de cana.
“Estamos vivendo a retomada. Tivemos uma safra comprometida em 2014/2015 por causa da seca. Ano passado tivemos os bons preços, mas ficamos a mercê do clima. Por isso, estamos buscando, em médio prazo, projetos de irrigação”, explicou Frederico Paes, que disse ainda: “A cooperativa é a usina do fornecedor de cana. Iniciamos a safra mais cedo, isso garante empregabilidade mais cedo. Com a antecipação de um mês garantimos receita no campo e na indústria”, finalizou.
