O ex-presidente da Construtora Odebrecht, Benedicto Júnior, no bojo de sua delação premiada contou que sua empresa gastou cerca de R$ 120 milhões com o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), entre caixa dois e propinas pagas a Cabral.
Acrescentou que em contrapartida a empresa conseguiu contratos do PAC das Favelas no Complexo do Alemão, o Arco Metropolitano, a Linha 4 do metrô, a reforma do Maracanã e outras obras que ele chamou de “projetos menores”.
Teria pago ainda 1 milhão de Euro ao marqueteiro de Pezão em 2014, Renato Pereira, a pedido de Cabral.
Ele disse ainda que conheceu Cabral em 2006, quando este pretendia a candidatura ao governo do Rio. Naquele ano, R$ 3 milhões foram pagos via caixa dois, em uma operação comandada pelo ex-secretário de Governo Wilson Carlos. No início do governo, houve a cobrança para que a Odebrecht pagasse R$ 1 milhão por mês para cobrir uma dívida de campanha. Em troca, foi oferecida a participação nas obras do PAC das Favelas. Os repasses a Cabral aconteciam sempre em dinheiro vivo, por meio do doleiro Álvaro Novis.