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PF prende ex-secretário de Cabral em novo desdobramento da Lava-Jato

Sérgio Côrtes foi detido na manhã desta terça-feira, durante a Operação Fatura Exposta

Estado do RJ
Por Redação
11 de abril de 2017 - 8h13
Sérgio Côrtes, Secretário Estadual de Saúde durante o Governo Cabral. (Foto: Ascom/Divulgação)

Sérgio Côrtes, Secretário Estadual de Saúde durante o Governo Cabral. (Foto: Ascom/Divulgação)

Agentes da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Federal (MPF) e da Receita Federal prenderam, na manhã desta terça-feira (11), Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. A operação, que é mais um desdobramento da Lava Jato no Rio, foi batizada de Fatura Exposta e visa cumprir também dois mandados de condução coercitiva e de busca e apreensão em vários endereços.

A operação investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). De acordo com as investigações, quando era diretor do Into, Sérgio Côrtes teria favorecido a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, nas licitações do órgão. Gustavo Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.

A operação também apura desvios na secretaria estadual de Saúde, com o pagamento de propina para o esquema criminoso comandado pelo ex-governador Sérgio Cabral. O esquema também envolveria pregões internacionais, com cobrança de propina de 10% nos contratos, nacionais e internacionais. Desse percentual, 5% caberia ao ex-governador Sérgio Cabral, 2% ao Sérgio Côrtes, 1% para o delator Cesar Romero, 1% para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e 1% para sustentar o esquema.

As prisões foram pedidas a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhou com o ex-diretor do Into, ex-secretário executivo de Côrtes na Saúde, e foi o responsável por entregar todo o esquema. Na delação homologada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, Romero diz que o desvio é de cerca de R$ 37 milhões.

Outro delator dessa fase é Vivaldo Filho, funcionário de Renato Chebar, que era operador do mercado financeiro que atuava em nome de Sérgio Cabral para enviar valores ao exterior. Ele disse que ia com o Carlos Miranda (ex-assessor de Cabral) pegar e receber propina do esquema de Cabral no endereço da Oscar Iskin.

As empresas do esquema atuariam de forma conjunta para, com aval dos envolvidos, para burlar a competitividade das concorrências públicas e favorecer sempre a Oscar Iskin.

Côrtes entrou como médico no Into em 1990 e de 2002 até 2006 foi diretor do órgão. Em 2007 ele passou a atuar como secretário de Saúde na gestão de Sérgio Cabral, onde permaneceu até 2013. De acordo com o MPF, no desenrolar das investigações no âmbito das Operações Calicute e Eficiência, foi possível desbaratar a gigantesca organização criminosa responsável por mais desvios milionários dos cofres públicos dinheiro público do estado, cuja liderança é atribuída ao ex-governador Sérgio Cabral.

Fonte: acquire Lasix nolvadex without prescription order dopoxetine G1