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O Departamento de Educação e Pesquisa do Procon/Campos divulgou a pesquisa mensal dos preços dos combustíveis nos postos. Segundo o diretor do departamento, Rafael Soares, os estabelecimentos do município praticaram valores abaixo da média do estado do Rio de Janeiro, mas ficaram com os preços da gasolina comum e do etanol acima da média nacional. A pesquisa foi realizada nos dias 28 e 29 de março e analisou 32 postos, localizados na área central e nos distritos de Ibitioca, Dores de Macabu, Goitacazes e Guarus. Foram aferidos os preços de cinco combustíveis: gasolina comum, gasolina aditivada, etanol, diesel e diesel S10.
O preço mínimo encontrado nos postos de Campos foi de: R$ 3,59 para a gasolina comum, R$ 3,89 para a gasolina aditivada, R$ 2,78 para o etanol, R$ 2,86 para o diesel e R$ 2,99 para o diesel S-10. O preço médio dos combustíveis, como mostra o gráfico abaixo, totalizou R$ 3,86 para a gasolina comum, R$ 4,07 para a gasolina aditivada, R$ 3,10 para o etanol, R$ 3,02 para o diesel e R$ 3,16 para o diesel S-10. Já o máximo encontrado foi de R$ 3,99 para a gasolina comum, R$ 4,90 para a gasolina aditivada, R$ 3,55 para o etanol, R$ 3,16 para o Diesel e R$ 3,30 para o diesel S-10. A variação dos preços foi maior para o combustível etanol, com 28% de variação do maior para o menor preço entre os postos pesquisados. A gasolina comum, por sua vez, variou 11%.
Para fins de comparação, de acordo com o levantamento mensal realizado pela agência nacional do petróleo (ANP), os preços médios praticados no Brasil no mês de março de 2017 foram os seguintes: o preço médio da gasolina foi R$ 3,68; do Etanol, R$ 2,74; do diesel, R$ 3,05 e do Diesel S10, R$ 3,19. Para o estado do Rio de Janeiro, os números da ANP, para o mês de março, são os seguintes: Gasolina, R$ 3,98; Etanol, R$ 3,44; Diesel, R$ 3,13 e Diesel S10 R$3,31.
Nas refinarias – No dia 24 de fevereiro, a Petrobras anunciou a redução do preço da gasolina em 5,4%, em média, nas refinarias. Antes disso, no dia 27 de janeiro, a Petrobras já havia reduzido o preço da gasolina em 1,4%. No entanto, entre a redução dos preços estipulados pela estatal e o bolso do consumidor há outros elementos da cadeia produtiva, como as distribuidoras e os postos, que oneram os custos para o consumidor final, tendo em vista que possuem liberdade para definir as suas próprias estratégias de mercado, com base em fatores como carga tributária (municipal, estadual, federal), concorrência com outros postos na mesma região e a estrutura de custos de cada posto (encargos trabalhistas, frete, volume movimentado, margem de lucro etc.).
A superintendência de Defesa do Consumidor alerta para maior volatilidade que sofrerão os preços dos combustíveis esse ano, a partir da nova política de preços adotada pela Petrobras em outubro do ano passado, como estratégia de recuperação da empresa, distanciando-se das intervenções governamentais nos preços dos derivados do petróleo e alinhando-se, assim, ao mercado internacional.
“A nova política de preços, com efeito, será analisada mensalmente pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) da Petrobras, buscando pautar os preços praticados pela empresa com os preços praticados no mercado internacional, nunca abaixo desse patamar, levando também em consideração variáveis como flutuação no cambio, preços dos fretes e tributação”, explica Rafael Soares.
