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Polícia prende 12 suspeitos de aplicar golpes a partir de presídios

A Operação Adrenalina cumpriu 35 mandados, sendo 14 de prisão e 21 de busca e apreensão

Mundo
Por Redação
31 de janeiro de 2017 - 19h14
Foto: banco de imagem

Foto: banco de imagem

As polícias civis de São Paulo e Mato Grosso prenderam, nesta terça-feira, 31, 12 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha que aplicava golpes por telefone e extorquia dinheiro de cidadãos de oito Estados e do Distrito Federal. Em quatro meses, a quadrilha fez mais de 800 vítimas e pode ter arrecadado cerca de R$ 3 milhões.

A Operação Adrenalina cumpriu 35 mandados, sendo 14 de prisão temporária e 21 de busca e apreensão em Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Campo Verde e Cáceres, no Estado de Mato Grosso. Três suspeitos não foram encontrados, mas houve ainda uma prisão em flagrante. Foram apreendidos 127 objetos, entre celulares, notebooks, agendas e cartões bancários, além de munições.

Os golpes foram identificados a partir de investigação feita pela Polícia Civil de Presidente Venceslau, no interior paulista sobre a atuação da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A polícia descobriu que havia forte conexão dos golpes com presídios de Mato Grosso. De manhã, foram realizadas buscas e apreendidos celulares na Penitenciária Central, em Cuiabá, em Mata Grande, em Rondonópolis.

Os presos usavam celulares para aplicar o golpe do falso sequestro, em que simulavam estarem com filhos das vítimas e pediam dinheiro para libertá-los. Apenas no centro-oeste paulista, mais de cem pessoas caíram no golpe, aplicado no País inteiro.

De acordo com a polícia, assim que o falso sequestro perdeu eficácia, os estelionatários, que tinham células também fora dos presídios, desenvolveram outras versões, como o golpe da UTI. Em São José dos Campos (SP), três pessoas com pacientes internados num hospital particular pagaram R$ 12 mil pedidos por falsos médicos ou diretores clínicos para transferência, exames ou cirurgias de parentes à beira da morte.

Na modalidade mais nova do golpe, estelionatários se fazem passar por promotores públicos e pedem dinheiro para evitar prisões ou fiscalização em empresas e prefeituras. Uma das vítimas, um homem de 34 anos de Campo Grande, depositou R$ 1,5 mil na conta indicada pelo criminoso para o filho não ser preso por tráfico. A operação mobilizou 15 delegados e 65 agentes, além de 25 viaturas das polícias dos dois Estados.

fonte: Estadão Conteudo