Publicado no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (4) o decreto presidencial que nomeia Nísia Trindade Lima presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Pesquisadora, professora e gestora desde 1987, Nísia será a primeira mulher a comandar a fundação, após ter sido a candidata com maior número de votos em uma eleição interna da entidade.
A escolha do nome de Nísia foi feita após repercussão negativa de que o governo escolheria a pesquisadora Tania Cremonini de Araújo, segunda candidata mais votada para o cargo. Diante disso, na semana passada, o então presidente do órgão, Paulo Gadelha, enviou uma carta a Temer e concedeu entrevistas à imprensa, pedindo que o Palácio do Planalto mantivesse a tradição e nomeasse a candidata mais votada.
Divulgado em novembro, pela comissão eleitoral da Fiocruz, o resultado das eleições trouxe Nísia com 59,7% dos votos em primeira opção e Tania com 39,6% dos votos, também como primeira opção. Em órgãos vinculados ao governo, como, por exemplo, universidades federais, uma lista tríplice é tradicionalmente enviada ao presidente da República, que pode escolher o nome que preferir.
Ao fazer o anúncio da nomeação, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que o nome da segunda colocada, Tania, chegou a ser cogitado, mas que a solução negociada com Temer foi a “mais adequada” para a Fiocruz e que favorece a unidade da instituição.